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Teologia

Jesus morreu violentamente na cruz


Jesus morre condenado à morte e morte de cruz. Castigo de escravos e subversivos segundo a lei romana para os que houvessem cometido crimes atrozes como assassínio, furto grave, traição e rebelião. Era a condenação mais cruel e vergonhosa.

A crucificação foi introduzida no Ocidente pelos persas. Era uma forma de pena oriental pouco utilizada pelos gregos, mas muito usada pelos romanos. Os cidadãos romanos não eram crucificados. Quando condenados, podiam ser decapitados. Para os judeus a morte de cruz não é mencionada na Lei. O executado era tachado publicamente como amaldiçoado por Deus: “Maldito quem for pendurado no madeiro” (Dt 21, 23b).

Jesus morreu crucificado. Daqui podemos deduzir que Jesus morreu violentamente, assassinado. A cruz significa morte e crueldade, ao que a cruz de Jesus acrescenta inocência. Ele é o crucificado. Deus não só participa na nossa dor, mas converte nossa dor em sua própria dor, e introduz nossa morte em sua própria vida.

Os romanos são os principais responsáveis pela morte de Jesus, pois o direito de proferir sentenças de morte era reservado a eles. Os judeus perderam o direito de conduzir processos com penas capitais quarenta anos antes da destruição do templo (70 d. C). Se Jesus morre como um condenado houve um processo e uma razão para tal condenação à morte.

Em relação ao processo religioso, Jesus é julgado pelos chefes religiosos do seu povo e é condenado como blasfemador (Mc 14, 64; Mt 26, 66), por isso deveria morrer. Porém, Jesus não sofreu o apedrejamento que era a pena judaica prevista para os casos de blasfêmia.

Os membros do sinédrio tinham objeções contra Jesus de Nazaré, mas muitos deles não achavam na doutrina e nas ações de Jesus motivo suficiente para aplicar-lhe o veredicto (Dt 17, 12). Contudo, por causa das implicações políticas, Jesus foi entregue aos romanos. Deixam os romanos decidir!

Não há dúvidas que Jesus morreu crucificado como um malfeitor político e subversivo por se proclamar o rei dos judeus e com um tipo de morte que só os romanos poderiam realizar. Para confirmar as acusações de ordem política, Pilatos ofereceu a troca de Jesus, por Barrabás que era um subversivo político. Jesus é comparado a Barrabás!

Acusações contra Jesus não encontraram eco em Pilatos, não viu nenhum motivo para condená-lo (Jo 18,30). Pilatos não se assustou com a acusação de Jesus querer ser rei (Jo 18, 33) e até procurou livrá-lo porque acreditava na inocência. Porém, é Pilatos quem condena Jesus à morte. “Se soltas este homem, não és amigo do Imperador, porque quem se faz rei se declara contra César” (Jo 19, 12), frase que levou Pilatos a condená-lo (Jo 19, 16).

Os primeiros Cristãos vindos da fé judaica buscam a explicação para a morte de cruz. A argumentação é que a cruz já estava predita nas Escrituras. Assim, não precisavam se surpreender com o escândalo da cruz. (Lc 24, 13-35; 1Cor 15, 4; Mc 8, 31; 9, 31; 10, 33). Porém, estes textos não respondem ao porquê da morte de Jesus. Se a cruz de Jesus foi um escândalo para os primeiros cristãos, consciente ou inconscientemente, foram aparecendo modelos para desvirtuá-la, que consistiu em esquecer que quem morreu na cruz é o Filho de Deus.

Jesus é um messias, mas não como o povo esperava. Não vê a sua morte como um fim trágico, mas como consequência de sua vida doada por muitos. Nesse sentido Jesus tinha consciência de sua morte salvífica. Ele falava em nome de Deus, anunciava a Deus e ao seu reino e propunha uma escolha de Deus e reino.

A morte de Jesus foi consequência de sua prática, os judeus o perseguem e procuravam matá-lo porque não só transgredia o sábado, mas também chamava a Deus de Pai, fazendo-se igual a Deus (Jo 5, 16-18); após algumas discussões com Jesus queriam prendê-lo (Jo 7, 1.11.25.30.23.44; 8, 20.59; 10,31); e também após os milagres por ele realizados (Jo 9, 22; 11,53).

Rafael Lopez Villasenor


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