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Missiologia

Quatro anos do martírio das missionárias xaverianas


No quarto aniversário da morte das irmãs xaverianas Olga, Lucia e Bernadette mortas em Kamenge, na periferia de Bujumbura, Burundi, entre os dias 7 e 8 de setembro de 2014, publicamos trechos de um artigo escrito por Anna Trivellato, sobrinha da irmã Bernadette Boggian.

Neste relato biográfico, a autora conta um pouco da vida da tia-avó, Bernadette, irmã de da avó materna. A autora diz: “minhas fontes foram acima de tudo as histórias de minha mãe e minha avó, mas também seus escritos e uma biografia escrita pela irmã dela”.

Bernadette nasceu no Hospital Euganeo em 17 de marco de 1935, é a filha primogênita de Giovanni, carpinteiro, que começava de manhã cedo indo para o trabalho de bicicleta e voltou à noite exausto, a mãe Maria, a costureira frágil, mas que levava a família para a frente.

Bernadette cresceu em uma família muito religiosa e, assim, desenvolveu uma alma e um espírito inquieto para ajudar os outros e para fazer o bem, logo não foi difícil, uma vez que cresceu, fazer a escolha pela vida missionária e doar-se para o mundo.

Até os 26 anos, trabalhou como costureira com a mãe e depois como professora de um colégio interno em Montagnana. Finalmente, 02 de julho de 1965, fez seus votos religiosos com as Missionárias de Maria - Xaverianas, e, depois de um longo período de formação, preparação missionária e estudo da língua francesa em Paris, em 1969 é enviada para missão para Uvira, no Congo, no extremo norte do Lago Tanganica. Ela ficou quase cinquenta anos entre a missão do Congo e do Burundi.

Em uma de suas cartas endereçadas a irmã dela Agnes, que data de junho de 1998, ela diz: "Riziki, um jovem ruandês de vinte anos, morreu ontem. Para fugir da guerra, ele viajou 300 km a pé durante seis dias. Ele chegou aqui há um mês: pesava 30 kg e tinha 1,90 m de altura [...]. Nós o ajudamos muito [...], mas sua deterioração orgânica era tal que ele não resistiu. Com numa voz fraca, ele me disse: "Irmã Bernadette, sinto que vou morrer em breve". Ele estava calmo, quase sorrindo. Eu disse: "Riziki, acredite que existe um Deus, Pai que ama você e o está esperando na casa dele, lá encontrará muitas pessoas que morreram durante a guerra?".

Ele pegou minha mão e com os olhos cheios de lágrimas me disse: "Obrigado, irmã Bernadette, porque [...] eu conheci as irmãs que cuidaram de mim. Eu acreditava que todas as pessoas eram más e egoístas. Portanto, eu acredito e espero que o seu Bom Deus me receba no Paraíso". Ele morreu durante a noite. Como você pode ver, há muitas emoções e alegrias que encontro na missão. Por isso agradeço ao Senhor por estar aqui".

O lema dela era: "A missão é a fronteira do amor". É uma frase muito significativa, pelo menos para mim, porque a missão é doar a vida para os outros e para Deus, e me diga se isso não é uma demonstração de amor! Apesar da idade avançada e das dores (como quando rompeu o fêmur durante o Natal de 2012), ela queria continuar a missão, porque a vida e a casa dela estavam na África.

A noite de 8 de setembro de 2014, por razões ainda desconhecidas, foi violentamente assassinada, juntamente com duas irmãs, Lucia e Olga, em Kamenge, Burundi. O lugar do martírio se converteu numa casa de oração que é visitada todos os dias por muitas pessoas.


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