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Amar nossa vocação xaveriana


Caros irmãos, há alguns meses, começamos a preparação imediata para o XVIIIº Capítulo Geral. Pensando um pouco, me perguntei qual poderia ser minha contribuição. Então, veio a ideia de compartilhar com vocês algumas reflexões a partir de minha experiência pessoal que tem a ver com o tema escolhido para o Capítulo.

"Amar nossa vocação xaveriana" é um convite de coração a coração (cor ad cor loquitur). Eu sinto que precisamos amar um pouco mais o que o Senhor, em seu amor, quis e quer para cada um de nós. Amar é renovar continuamente nossa resposta ao olhar de amor que o Senhor uma vez dirigiu a cada um de nós (cf. Mc 10, 21). Sim, um dia, em um contexto muito concreto, amadurecemos a ideia de oferecer ao Senhor o que d’Ele recebemos primeiro: o dom da vida. E com um coração cheio de alegria decidimos pedir livremente para pertencer à Família Xaveriana. Até nos foi atribuído um número de identificação. Esta escolha é total e totalizante.

Quando penso nisso, sinto-me muito identificado com aquele homem que encontra o tesouro escondido (cf. Mt 13, 44). Sim, porque é justamente disso que se trata, um encontro providencial e gratuito, diria quase imerecido. Um encontro que faz enxergar a beleza incomparável de Deus diante qualquer realidade material e, ao mesmo tempo, desencadeia um impulso de generosidade que só pode vir do alto, d'Ele. Este encontro pessoal com o Senhor, de diferentes maneiras, foi o ponto de partida do que é nossa vida hoje.

Quando reflito sobre o encontro pessoal com o Senhor, sobre como defini-lo, muitas vezes me vem à mente uma imagem que me é muito familiar desde o ventre de minha mãe, a do fogo na lareira da casa de meu pai, onde vivi minha infância e adolescência. O fogo é mantido vivo e dá calor enquanto há uma pessoa que regularmente adiciona lenha a ele. Quando isso não é feito, a intensidade do fogo diminui e ele acaba sendo reduzido a cinzas.

Esta imagem fala muito claramente da relação que se estabelece entre o discípulo e seu Senhor, ou seja, esta relação interpessoal necessita ser continuamente alimentada para se manter viva e assim poder crescer em amor e fidelidade a Ele, princípio e fundamento de nossa vida. Acredito que não há crescimento da vida divina em nós sem esta relação diária do "você a você". Às vezes acontece de nos enganarmos a nós mesmos com as muitas atividades a serem feitas, nos conformamos com a preparação da homilia, com a recitação da liturgia das horas... Tudo isso é bom, mas se falta a base, o encontro pessoal com Deus Amor, aos poucos a caridade desaparece de nossas vidas. Para mim não há dúvida sobre isto, e é aqui que reside, em minha opinião, a chave para a vitalidade e a fecundidade de nossa Família Xaveriana.

Um elemento fundamental que acredito que deve estar presente no relacionamento interpessoal com o Senhor é a Palavra de Deus. O Mestre fala, o discípulo escuta, acolhe a Palavra em seu coração, reflete sobre ela e compartilha sua reflexão com Ele, o Senhor da vida. O grande perigo é que o momento da oração pessoal se transforme em um monólogo entre mim e mim mesmo, onde literalmente não há espaço para Deus, onde ocupo meu tempo dizendo a Deus o que penso e o que quero fazer, sem dar a Ele o tempo que Ele precisa para me dizer Sua Palavra, e assim tocar meu coração afetuosamente.

A Palavra de Deus, creio eu, é a coisa mais bela que o Senhor nos deu e continua a nos dar diariamente. Depois de tantos anos de relacionamento contínuo com ela, toda vez que abro a Bíblia sinto que uma parte de mim está ali naquelas páginas. É a Palavra que simultaneamente me revela a face de Deus e minha identidade, juntamente com a identidade de toda a humanidade. Lembro-me dos anos vividos no Chade como um grande presente do Senhor, dias passados debaixo das árvores memorizando, com os catecúmenos, em língua musey, a Palavra que nos era dada. Foi lá que senti de maneira especial o movimento da Palavra que da cabeça ia ao coração. Foi lá que ouvi pessoas humildes contarem com simplicidade e naturalidade como a Palavra se tornava vida em exemplos concretos do cotidiano (cf. Is 55,10-11). A Palavra, que grande presente de Deus!

"Amar nossa vocação xaveriana". Lembro-me de uma frase que li há algum tempo e que me fez e ainda me faz pensar muito. Diz assim: "Tenho estado tão ocupado durante todo o dia que não tive tempo de passar um momento com o Senhor". "A oração, em minha opinião, não é outra coisa senão uma relação íntima de amizade, na qual muitas vezes se fica sozinho com aquele Deus por quem se sabe amado" (Santa Teresa de Jesus, Vida 8.5).

Fraternalmente,

Fernando García Rodríguez, sx 


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