Assistimos constantemente noticiários sobre as perigosas travessias migratórias de africanos para o continente europeu, por causa de conflitos étnicos, religiosos e sociais na África. Porém o principal destino dos refugiados não é a Europa, mas é o próprio continente africano.
Ao final de 2014, foram 59,5 milhões de pessoas que tiveram que deixar forçadamente suas casas, comparado com os 51,2 milhões registrados no final de 2013 e os 37,5 milhões verificados há uma década. Estes números tendem constantemente a crescer causados por diversos conflitos.
Dos 15 conflitos africanos que iniciaram ou foram retomados nos últimos anos, fizeram como que se intensificassem os deslocamentos forçados em situação de refúgio, oito estão na África: Costa do Marfim, República Centro Africana, Líbia, Mali, Nigéria, República Democrática do Congo, Sudão do Sul e Burundi.
Os conflitos armados no Sudão, fez dele o quarto país com maior número de refugiados no mundo.
Logo, o quinto país com mais deslocamentos forçados é o Sudão do Sul, com 509 mil pessoas, e o sexto é a República Democrática do Congo, com 493 mil.
O maior campo de refugiados do mundo, Dadaab, situa-se no nordeste do Quênia, próximo à fronteira com a Somália.
O território foi estabelecido em 1991 e abriga mais de 350 mil refugiados e solicitantes de asilo.
Houve um aumento de refugiados nos últimos anos na Etiópia causado pelo conflito no Sudão do Sul. A crise do Sudão do Sul causou enorme deslocamento interno de pessoas.
O próprio o Sudão do Sul abriga aproximadamente 243 mil refugiados, majoritariamente do vizinho Sudão.