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Ave, Maria, cheia de graça!


Estamos diante da saudação do anjo a uma jovem simples e humilde de Nazaré. Esta visita do mensageiro de Deus a Maria transmite uma experiência humano-divina transbordante e inaferrável.

A razão e a linguagem humanas, de fato, jamais poderão penetrar o mistério de Deus, nem exaurir sua infinita profundidade. Deparamo-nos com um verdadeiro oceano de amor, bondade, ternura e misericórdia.

Que significa “cheia de graça”? Significa revestida plenamente pela luminosa escuridão do rosto do Pai. Desnuda de si mesmo e repleta pela luz do espírito de Deus. Desnuda não enquanto “vazia”, mas enquanto deliberadamente privada de tudo aquilo que gira em torno dos próprios interesses, instintos, paixões, desejos, projetos pessoais. Livremente despida de um “ego” centrado em si mesma, para abrir-se a um projeto maior, incomparavelmente maior, a uma outra esfera de vida distinta e cheia de resplendor.

Não, definitivamente Maria não se encontra “vazia”. Ao contrário, esvaziou-se ela própria de si mesma para imergir-se no Ser Supremo, que a preenche de sua intimidade três vezes santa. Ali encontra uma paz sólida e silenciosamente plena, inconfundível e inigualável. Assim, a jovem Maria pode “calar seus desejos” e repousar nos braços de Alguém em quem deposita total confiança, “como uma criança desmamada no colo de sua mãe” (Sl 131, 2). Espoliou-se de si mesma para revestir-se com um manto que lhe traz calor e refúgio, consolo e conforto, serenidade e essa paz sem nome e sem qualquer grau de comparação.

Nesse processo de despir toda a autosuficiência e arrogância, todo poder e ambição, sentimentos tão características da condição humana, Maria vai ao encontro de Alguém que a sustente e a proteja. Aprendeu a desconfiar de suas próprias forças, de sua fraqueza e instabilidade, para entregar-se inteira a essa energia amorosa da Trindade Santa que a fortalece contra tudo e contra todos. Trata-se de um processo de oração, um caminho de profunda espiritualidade, onde a jovem descobriu que nós, os humanos, “não sabemos o que convém pedir, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis” (Rm 8, 26).

A imersão nas águas límpidas e transparentes desse grandioso oceano da misericórdia divina é, ao mesmo tempo, um mergulho no mistério ignoto e inculto de si mesma. Em tal abismo de trevas e luz, de absoluto abandono, Maria se vê contemporaneamente frágil e forte. Ou forte porque capaz de reconhecer a própria debilidade. “E é por isso que me alegro nas fraquezas, humilhações, necessidades, perseguições e angústias por causa de Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte” (2Cor 12, 10).

A oração que pouco a pouco faz entrar no mistério de Deus, ainda que em momentos extremamente intensos, mas sempre fugazes, revela um segredo da mão dupla.

Representa simultaneamente dom e busca. Em outras palavras, o Pai se revela como dom a quem o busca com sinceridade e entrega de coração. À medida que semelhante caminho espiritual penetra nesse oceano imenso, divino e misterioso, a pessoa se dá conta de que o próprio Deus lhe vem ao encontro. Ou melhor, o Senhor já a esperava: “Já estou chegando e batendo à porta. Quem ouvir minha voz e abrir a porta, eu entro em sua casa e janto com ele, e ele comingo” (Ap 3, 20).

São encontros humano-divinos e divino-humanos. Ocorrem com a rapidez instantânea de relâmpagos, onde o brilho da luz é veloz e fugaz. Mas costumam deixar impressa no interior da alma uma marca registrada a caracteres de fogo. A memória dessas experiências fugidias, mas de pura luminosidade, robustece o percurso espiritual, nutre a fé e a esperança, conduz ao outro/pobre na caridade evangélica.

Por isso é que, como resultado dessa trajetória empenhativa, sem dúvida, mas tão cheia de alegria, sublimidade e sabedoria, Maria pode entoar o Magnificat, como quem diante de Deus canta e dança as maravilhas do Criador: “Minha alma proclama a grandeza do Senhor, meu espírito se alegra em Deus meu salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. De agora em diante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez em mim frandes coisas, e santo é seu nome” (Lc 1, 46-49).

Pe. Alfredo J. Gonçalves, cs.


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