Narratologia e Carta Testamento
Entre os métodos de análise literária desenvolvidos recentemente, encontra-se a narratologia, que também tem sido utilizada para os textos bíblicos. Este método pode ser útil aplicá-lo também à Carta Testamento (CT), em uma tentativa inicial, parcial, não sofisticada, esperançosamente fácil de entender.
Narratologia
Segundo esse método, reconhece-se que um texto, ao se propor como objeto de um ato de leitura, visa criar uma determinada relação e, por meio dela, individuar, identificar, definir os parceiros desse encontro.
Existe, em cada texto, um narrador, a partir do qual o leitor imagina um autor. Mesmo esse autor, o autor implícito, é alguém que o autor real molda, para que sua caracterização influencie o leitor.
Não só isso, mas o autor real, por meio de seus embaixadores, que são o autor implícito e o narrador, também tenta moldar o leitor, da mesma forma, em três níveis, ou em três momentos de influência: o destinatário intratextual, o destinatário implícito, o destinatário real.
Obviamente, também a forma como o autor organiza o conteúdo do texto, os seus personagens, o enredo ou desenvolvimento lógico, o pano de fundo ou o contexto, obedecem ao projeto criativo, "poético" que fundamenta sua decisão de escrever.
Vamos rever o que a CT diz sobre os parceiros no ato da leitura: o narrador/autor e o destinatário/leitor.
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Abril
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24 Abril 2021