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Bodas de ouro do Mês da Bíblia no Brasil


No mês de setembro deste ano de 2021, celebraremos os 50 anos do Mês da Bíblia. O Mês da Bíblia surgiu em 1971, por ocasião do cinquentenário da Arquidiocese de Belo Horizonte. Foi uma decisão pastoral dentro do processo de recepção da Constituição Dogmática Dei Verbum, do Concílio Vaticano II.

A articulação de uma pastoral bíblica aqui no Brasil começou relativamente cedo. Logo após a Segunda Guerra Mundial, animados pela encíclica Divino Afflante Spiritu, de Pio XII, lançada em 1943, um grupo de exegetas formados na Europa começou um trabalho de articulação em busca de uma leitura bíblica própria para o Brasil. Este trabalho de articulação gerou a Liga de Estudos Bíblicos (LEB).

Desde 1947, já se comemorava no Brasil o Dia da Bíblia no último domingo de setembro. O mês de setembro foi escolhido como mês da Bíblia, porque no dia 30 deste mês é a festa de São Jerônimo (viveu entre 340 e 420). Este grande biblista, a pedido do Papa Dâmaso, traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que era, naquele tempo, a língua falada no mundo e estava começando a ser usada na liturgia da Igreja de Roma. O papa queria uma versão acessível ao povo. Jerônimo chamou então a sua tradução de Vulgata, ou seja, “popular”.

Também aqui no Brasil buscou-se uma versão popular da Bíblia. O pioneiro nesta tarefa foi frei João José Pedreira de Castro que fez uma versão rápida de uma Bíblia em francês e lançou em 1959 a Bíblia Sagrada pela Editora Ave Maria, dos claretianos. A conhecida Bíblia da Ave Maria tornou-se a primeira Bíblia popular aqui no Brasil, chegando hoje a uma tiragem de 650 mil exemplares ao ano. Em seu Prólogo à Tradução diz assim frei João José em 1959: “Devido ao intenso e organizado movimento bíblico no Brasil, a procura de exemplares de Bíblia aumentou consideravelmente, a ponto de, por vezes, as praças ficarem desprovidas de exemplares e não poderem atender a tantos insistentes pedidos…”

Colocar a Bíblia nas mãos dos fiéis era apenas o primeiro passo de uma Pastoral Bíblica. Fazia-se necessário dar ao laicato condições de leitura e de interpretação dos livros dentro da Bíblia. Para isso, se faziam necessários tanto a formação bíblica de agentes de pastoral quanto o desenvolvimento de um método de leitura popular da Bíblia. A iniciativa da arquidiocese de Belo Horizonte, ao criar o Mês da Bíblia, buscava atender a estas duas demandas pastorais. Como se diz em Atos dos Apóstolos, “quis o Espírito Santo” que nesta ocasião estivessem em Belo Horizonte a proposta pastoral do padre Alberto Antoniazzi e os cursos bíblicos de frei Carlos Mesters. O que resultou deste encontro já faz parte da História.

Em 1978, o Mês da Bíblia estendeu-se para o Regional Leste 2 da CNBB (então Minas Gerais e Espírito Santo). E em 1985, a celebração do Mês da Bíblia foi assumida pela CNBB para todo o Brasil. Nesta sua expansão, o Mês da Bíblia sempre manteve sua proposta original: colocar para estudo em setembro o determinado livro bíblico que deu sustentação à Campanha da Fraternidade daquele ano. Assim, retomava-se em setembro o mesmo tema pastoral proposta pela CF na Quaresma. Tal associação durou até os planos pastorais para o Novo Milênio (a partir de 1997).

Mas até hoje, o objetivo do Mês da Bíblia continua sendo: divulgar a Bíblia entre o povo; contribuir para o desenvolvimento das diversas formas de presença da Bíblia na ação evangelizadora da Igreja no Brasil; criar subsídios bíblicos nas diferentes formas de comunicação; facilitar o diálogo das pessoas e das comunidades com a Palavra de Deus. Numa palavra, o objetivo do mês da Bíblia é fazer com que o povo adquira a Bíblia, conheça o seu conteúdo e comece a usá-la como seu “livro de cabeceira”. A libertação do laicato começa na apropriação da Palavra de Deus contida na Bíblia. Só assim o laicato começará a elaborar a sua própria Teologia.

Francisco Orofino


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