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Teologia

Jesus ressuscitado suscita vida e esperança


A ressurreição é a afirmação da vida; a morte de Jesus não é o fracasso do projeto de Deus (Jo 20,1-9), nem frustração, mas o caminho para chegar à ressurreição; o túmulo não é só o lugar da morte, mas a passagem para o encontro com o Deus da Vida.

O Ressuscitado suscita Esperança

Os discípulos de Emaús (Lc 24,13-35) voltam de Jerusalém para casa num contexto de frustração, perturbação e desânimo pela morte, parece que toda esperança acabou, porém, o Ressuscitado se faz presente e dá ânimo, apresenta o rosto do Deus da Vida. O Ressuscitado caminha junto com a humanidade, com a energia da vitória sobre a morte.

A perplexidade e desânimo dos discípulos, aparece na conversa (Lc 24, 14); num estado de desânimo de pessoas desorientadas e abatidas, sem força para o testemunho. A desorientação não experimenta a vitória do Ressuscitado, continua se acreditando na morte como fim de tudo. Eles percebem os fatos, mas não os discernem, vivem a frustração da morte.  Jesus caminha junto, porém não é reconhecido. De fato, na época acreditava-se que depois do terceiro dia o espírito se afastaria definitivamente do corpo, sem possibilidade de retorno.

A morte tomou conta de todo o projeto de Jesus e da comunidade. Jesus suscita a fé e a esperança na ressurreição a partir da Bíblia (Lc 24,27). Ao chegarem a casa vem o pedido dos discípulos "Permanece conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!" (Lc 24, 29). Jesus aceita o convite; de hóspede passa a ser dono da casa, sendo anfitrião, é ele quem partilha o pão. Quando os discípulos acreditam no Ressuscitado e no Deus da Vida Jesus desaparece.

A morte não interrompe a vida, mas a transforma. A ressurreição é a supremacia e afirmação da vida sobre o sofrimento e a opressão. Negar a vida é matar a pessoa, é matar a esperança e o direito de ressurreição dos crucificados da história. Não é no sofrimento que está a salvação, mas na ressurreição. Como Jesus crucificado ressuscitou, o povo que sofre em tempos da pandemia, é chamado a ressuscitar sem perder a esperança. A ressurreição de Jesus é esperança de vida em abundância (cf. Jo. 10,10).

A Ressurreição é afirmação da vida

Paulo Apóstolo elabora uma teologia da ressurreição (1Cor 15,1-57). Na comunidade tinha quem não acreditava na possibilidade de uma vida além da morte; outros excluíam a ressurreição, mas admitiam a imortalidade da alma. A filosofia grega afirmava que só o espírito é que tem valor, o corpo é a prisão da alma.

A ressurreição resgata a dignidade do corpo e das pessoas. Cristo venceu a morte para sempre, abrindo as portas para a vitória da vida. Inclusive para Paulo, os mortos ressuscitarão como Cristo ressuscitou (1Cor 15, 22). A luta contra a morte é tarefa conjunta de Cristo e dos cristãos. Só quando participarmos da vida plena em Deus, é que Cristo dará por encerrada sua missão. A morte não é um fatalismo. É uma perspectiva nova, dá vida no Espírito de Jesus, que leva à plenitude.

O sofrimento presente não é estéril quando entendido como parto do mundo novo. A filiação divina e a vida no Espírito não dispensam o cristão de viver em contínua tensão pela vida, pela transformação e libertação definitivas; ser filho de Deus é possuir os frutos do Espírito. Por isso, diante do sofrimento da pandemia e da perda de tantas vidas, a fé no Ressuscitado possa fortalecer nossa força e esperança na Vida, que sejamos capazes de vencer todo tipo de morte e doença. Feliz Páscoa a todos!

Rafael Lopez Villasenor, sx


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