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O Sínodo e o Mês Missionário, feliz coincidência


Por Cristiane Murray*

Entre 6 e 27 de outubro, iremos participar de uma grandiosa intuição do Papa Francisco: o Sínodo Amazônico, a ser realizado no Vaticano, onde estaremos idealmente unidos a todo o mundo – não só ao católico. No mesmo período, a Igreja recorda o centenário da Carta Apostólica Maximum Illud, escrita pelo Papa Bento XV. Ainda em outubro, comemoramos o Mês Missionário Extraordinário, sempre por desejo do Santo Padre. Não são poucos os motivos para alegrarmos por essa feliz tripla coincidência!

“Primeirear”, chegar ao outro

Para nós, cristãos, os 21 dias de Assembleia serão ocasião especial de sentir com o coração e ver os povos amazônicos com os olhos de Deus. “A alegria do Evangelho é para todo o povo”, escreveu o Papa no primeiro ano de seu Pontificado, na Exortação Evangelli Gaudium, ressaltando que, na Igreja, “não se pode excluir ninguém”. Como é do seu estilo, usou um neologismo e exortou a “primeirear, envolver-se, acompanhar, frutificar e festejar!” De novo, mais um convite à alegria… a irmos “ao encontro, procurar os afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos”, distribuindo misericórdia (cf. EG, 23).

sinodoValentia e ardor

O Francisco de hoje nos chama, como o Santo de Assis profetizou há 800 anos, a sermos uma Igreja corajosa e apaixonada, que saia e saiba ir ao encontro. No nosso caso, em outubro, voltamos nossa atenção à realidade da Amazônia, repleta de vida e sabedoria, mas castigada e injustiçada, oprimida e, por muito tempo, ignorada: “É longe demais, é quente demais!”

Em uma Amazônia “multiétnica, multicultural e multirreligiosa”, a missão precisa de um requisito principal: “saber dialogar”, e isto requer “saber ouvir”. Nem sempre é fácil escutar num território saqueado e ferido, cujos povos foram ofendidos e reprimidos em suas crenças e culturas. Hoje, as cicatrizes por tantas feridas estão se fechando e a ganância colonialista, que já tirou a vida de tantos missionários e missionárias, encontra uma resistência fortalecida. A Igreja tem agora a oportunidade de se diferenciar, de ouvir os povos amazônicos e de apresentar Cristo e seu poder libertador, exercendo com transparência seu papel profético na promoção humana integral.

Um kairós que convoca e provoca

Hoje, a Igreja se faz carne ao montar sua tenda – seu “tapiri” – na Amazônia. Mulheres e homens se comprometem, cotidianamente, em um processo de conversão e reconciliação, pois levam a voz profética do Evangelho e procuram “o intercâmbio, o consenso e a comunicação. Atuam entre acordos e alianças sem perder de vista a questão fundamental: A preocupação por uma sociedade justa, capaz de memória e sem exclusões” (ibid, 239).

Em nosso compromisso de evangelizadores com espírito, encontramos outro motivo para nos alegrar: “Desenvolver o prazer espiritual de estar próximo da vida das pessoas, até descobrir que isto se torna fonte de alegria superior… pois a missão é uma paixão por Jesus, e simultaneamente uma paixão pelo seu povo”. Sim, porque “a intimidade da Igreja com Jesus é uma intimidade itinerante” (ibid, 23 e 268).

Um rosto amazônico, missionário e rico de expressõesmesextra

O Documento de Trabalho (Instrumentum Laboris) do Sínodo Especial propõe algumas chaves para a leitura desse desafio, como a relação entre a inculturação e a interculturalidade: Ambas se completam e têm o diálogo como condição. E diálogo é amor; “é uma comunicação jubilosa entre aqueles que se amam” (ibid, 142).

Missionários e missionárias, de fora da Amazônia ou autóctones, influenciam-se, numa inculturação por entre as diversidades e, assim, constroem a unidade; criam uma Igreja com rosto local, o rosto amazônico hospitaleiro e missionário. Em saída, a Igreja perscruta novos caminhos no encontro e no diálogo com as culturas do território. Caminhos que refletem os simbolismos do Documento de Trabalho: “Uma Igreja inculturada sabe trabalhar e articular-se, como os rios no Amazonas”.

Uma riqueza para dar, comunicar, anunciar: Eis o sentido da missão

“Caminhemos cantando; que as nossas lutas e a nossa preocupação por este planeta não nos tirem a alegria da esperança”, escreve o Papa na Encíclica que explica ao mundo o conceito da ecologia integral. Eis aí um novo chamado à felicidade, a enfrentarmos os desafios doando-nos inteiramente, encontrando verdadeiramente o próximo e levando a ele a mensagem do amor e da ternura recebidos de nossa Mãe, e do respeito e carinho que também devemos à Mãe-terra.

“Ser Igreja significa ser povo de Deus, encarnado nos povos da terra e em suas culturas” (ibid, 114 e 115). E é assim que queremos viver este Mês Missionário Extraordinário e os frutos do Sínodo: Triplamente felizes em ser uma Igreja indígena, que defende os direitos de cada povo amazonense, que abraça Jesus Cristo com eles, que percorre seus caminhos, os entende e assume suas dores, inculturados na realidade amazônica.

* Jornalista Rádio Vaticano/Vatican News. Colaboradora da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos

 
 
 

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