A festa da Natividade de Maria não responde à pergunta “como nasceu Maria”, mas responde a outra pergunta “o que seria de nós sem esta mulher?”. Alguns podem ficar escandalizados com este discurso porque parece colocar uma ênfase excessiva na importância da menina de Nazaré, como se quisesse elevá-la às alturas de Deus. Mas isto não é um exagero porque a história de Maria contém uma verdade que nunca devemos esquecer: nós não somos intercambiáveis. Para realizar a Sua redenção, Deus torna-se necessitado desta mulher. Sim ou não são questões não isentas consequências. Deus poderia escolher qualquer pessoa, mas confiou o nascimento de Seu Filho a esta mulher. A carne e o sangue de Jesus são a carne e o sangue de Maria. Num certo sentido, olhamos para a história desta mulher para que cada uma das nossas histórias se assemelhe à dela: tal como ela trouxe ao mundo a “razão da história”, Jesus, também temos o dever de trazer ao mundo escolhas e situações que estão cheios de significado. Hoje celebramo-la dizendo que ela é única, e por isso dizemos algo sobre nós mesmos: também nós somos únicos e chamados a fazer algo único.