Queridos confrades, Ao iniciarem o encontro de formação permanente de vocês em Manila envio-hes, em nome da DG, as mais carinhosas e fraternas saudações. A iniciativa de vocês é bela. A formação permanente faz parte da nossa vida de uma forma fundamental. É bonito e necessário o fato de vocês poderem parar depois de alguns anos depois da profissão perpétua.
A qualidade do nosso testemunho missionário depende da qualidade da formação permanente. A formação permanente é uma exigência da nossa vida; e quanto mais a vivermos com seriedade tanto mais vamos ser capazes de responder com fidelidade ao chamamento que o Senhor Deus fez a cada um de nós dentro da nossa Família xaveriana e da característica própria da vida consagrada ao Senhor Deus no serviço da missão ad gentes e ad extra. A formação permanente acompanha a formação inicial e, com a graça do Espírito, faz com que nos tornemos gradativamente – durante toda a nossa existência – aquilo que no dia particular da nossa consagração temos professado livremente diante do Senhor e da Igreja.
O primeiro e fundamental formador é Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. A Palavra de Deus lida, assimilada, estudada, meditada, rezada e praticada em nossa história forma-nos dia após dia. A Palavra de Deus é como a chuva leve que cai e, sem tomarmos plenamente consciência, penetra na terra e faz com que a terra dê frutos. A vida comunitária é lugar privilegiado de crescimento e de formação permanente; lugar em que nos sentimos membros de um corpo; em que vivemos a espiritualidade do corpo como imagem da vida da Trindade. A nossa santidade passa através do sacramento que é a vida do irmão.
A profissão religiosa, com os votos de pobreza, obediência e castidade, constitui a forma concreta pela qual respondemos ao amor do Senhor Deus na missão ad gentes que Ele nos confia continuamente.
E, finalizando: o contexto no qual fomos enviados, no qual vivemos o encontro com o Senhor Deus através de pessoas, culturas, povos forma-nos continuamente. O amor pela nossa vocação missionária, portanto, mede-se pelo amor a ‘este povo’ que se torna, como um presente de Deus, ‘o nosso povo’. O aprendizado do idioma, a enculturação, o conhecimento das tradições, a literatura, as religiões, a realidade sócio-política, econômica... tudo isso se traduz em vida concreta a fim de que a nossa presença missionária seja significativa e o Espírito de Deus possa converter o coração dos destinatários.
Desejo-lhes uma semana rica de partilha, de conversão, de discernimento na própria vida e de fraternidade. Tudo isso vivido no amor pela nossa Família xaveriana. Acompanho todos vocês com a oração e o carinho.
Fraternalmente,
Fernando García, sx
Terça feira, 14 Agosto de 2018