Começa a semana da Família, do dia 14 de agosto até o dia 21 de Agosto. A paróquia de Tucumã (PA) está se movimentando para que esta semana ajude todas as famílias a descobrir a preciosidade deste dom. A juventude também possa descobrir a riqueza deste dom.
Juventude e família
No n. 33, o Documento Evangelização da Juventude faz um diagnóstico realista quanto à relação juventude e família:
Cresce o número de homens e mulheres que não fundam lares estáveis, levando o núcleo familiar a se desintegrar. Essa situação deixa fortes cicatrizes emocionais na personalidade de muitos jovens em um momento crítico de suas vidas.
Tal situação é, ao mesmo tempo, resultado e causa de incapacidade de comprometimento com outro, manifestação de imaturidade afetiva e humana. Constata-se hoje o fenômeno crescente dos solteiros, que vivem com seus pais até os trinta e quarenta anos e são marcados pela cultura individualista, hedonista e consumista. Por outro lado, muitos são também aqueles que assumem “diferentes situações de responsabilidade” (n. 30) face à família de origem ou àquela que se constitui.
O desejo latente no coração dos jovens em encontrar alguém, para amá-lo (la) e com ele (ela) ser feliz, deve impulsionar nosso serviço pastoral, em particular o da Pastoral Familiar, a proporcionar meios para uma verdadeira educação para o amor, a afetividade, a sexualidade e a responsabilidade. [1]
Diz-nos o Beato João Paulo II:
Ao se amar o amor humano, surge também a viva necessidade de dedicar todas as forças à busca de um ‘belo amor’. Porque o amor é belo. Os jovens, no fundo, buscam sempre a beleza do amor; querem que seu amor seja belo.[2]
O favorecimento do ambiente familiar (cf. EJ, n. 246), através do seu reconhecimento público como sendo recurso para a pessoa e para a sociedade, contribuirá com a educação do jovem num ambiente propício para a sadia integração das relações humanas (cf. EJ, n. 231).
É importante uma nova visão sobre a família como modo antropologicamente adequado para a pessoa viver as relações. Algumas vezes se tentou e se tenta acabar com a instituição familiar. Atualmente, o que prevalece mais é uma desconstrução da instituição e da própria pessoa, a fim de apresentar uma pseudoliberdade que, segundo os promotores de tal postura, construa ao bel-prazer sua determinação sociocultural.
Faz-se necessário uma compreensão do amor guiado por uma decisão livre e determinada. O amor se difere da paixão amorosa, embora esta possa estar na base e na continuação daquele. E a relação com outro não se resume somente no que se pode obter como prazer e satisfação. Absolutizar estes dois últimos desestimula muitos jovens ao comprometimento duradouro. Portanto, a preparação para o matrimônio, ou para uma vocação consagrada, bem como a formação para a integração positiva do dado biológico, psicológico, espiritual vividos pela pessoa no seio da cultura e da sociedade hodierna, pode receber um grande contributo da Pastoral Familiar.