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ASSEMBLEIA ECLESIAL PARA UMA IGREJA SEMPRE RENOVADA


O quarto dia da Assembleia teve como inspiração Bíblica o texto de Mateus 28,19: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações”. O verbo imperativo de mobilidade, Ir, sair, recorda-nos a atitude do êxodo, de um povo peregrino. Com essa inspiração iniciamos a oração da manhã voltada para a Amazônia com a memória dos mártires da caminhada. Foi um momento muito bonito e de sintonia com a realidade desafiadora da nossa Querida Amazônia.

ASSEMBLEIAA primeira saudação foi do cardeal Leopoldo Brennes, 2º. Vice-presidente do CELAM que nos recordou novamente Aparecida e o projeto que surgiu da convocação da V Conferência: sermos discípulos missionários em saída. A grande pergunta depois de Aparecida, afirmou o cardeal, foi quem seria capaz de levar adiante o projeto da Conferência. Segundo ele, a resposta foi as dioceses com o bispo, o clero e o Povo de Deus. No entanto, o padre Comblin, num artigo de 2008 na revista REB, pensava exatamente ao contrário. Para ele, somente os cristãos leigos com a força do profetismo e do discipulado seriam capazes de levar adiante o projeto de Aparecida. Depois de 14 anos, o que foi concretizado? O cardeal convocou todos nós a nos deixar balançar/mover pelo Espírito Santo.

Após a mensagem do cardeal Leopoldo foi apresentado alguns vídeos com os pontos essenciais da caminhada feita até aqui pela Assembleia. Na sequência tivemos a conferência intitulada “A Igreja em saída missionária”, proferida pelo padre Carlos Galli, teólogo argentino. Tendo presente a citação de Mateus, o palestrante acrescentou ao tema a expressão “pelo desbordamento do Espírito Santo”, portanto, IDE, comunidade de seguidores requer a saída.

Assim, deixou claro que a Igreja é sempre reformanda, em conversão à luz do Evangelho, em direção a todas as periferias existenciais e geográficas. Recordou que “Bergoglio ajudou na construção de Aparecida e Aparecida ajuda Francisco”, uma frase impactante e verdadeira, um novo paradigma para a Igreja que precisa levar com ALEGRIA, como bem definiu na Evangelii Gaudium 21 e 80. A partir dessa consideração padre Galli enfatizou o significado de termos um Papa latino, da periferia do mundo. Isso influenciará na catolicidade poliédrica e intercultural, a valorização da teologia latino-americana com as iniciativas a partir da Querida Amazônia.

Em relação ao desbordamento do Espírito ele enfatizou sete linhas de ações: Igreja querigmática que resgata em gestos e símbolos, como o sinal da cruz o sentido profundo da vida Trinitária; a misericórdia de Deus com a proximidade, compaixão e ternura; a fraternidade entre todos os povos, todos irmãos e irmãs (Fratelli Tutti); a lógica da aproximação do Bom Samaritano e a inclusão dos pobres e a paz para todos e todas com o cuidado da casa comum; uma nova pastoral urbana que saiba sentir as dores e esperanças do povo, por fim, a criatividade evangelizadora, chamando Maria de “Virgem da visitação missionária.” Foi uma excelente reflexão e deixou várias inquietações para o trabalho de grupo.

Após a reflexão o assessor do dia apresentou o trabalho de ontem que resultou em 41 desafios. Depois de uma breve apresentação e tempo de reação fomos para os grupos.

A sessão seguinte começou com os testemunhos de vários irmãos e irmãos espalhados no continente, uma grande riqueza de partilha. A primeira fala foi da jovem Lisandra Chávez, da Costa Rica, que apresentou o impulso missionário a partir do compromisso social, na promoção da mulher e da espiritualidade dos presbíteros. Na sequência escutamos o diácono brasileiro Luciano Santana, membro da comissão dos diáconos do Nordeste 3. A caminhada feita por ele como diácono permanente está marcada pelo compromisso com os pobres, serviço as pequenas comunidades eclesiais de base missionárias, iniciação à vida cristã e a defesa dos excluídos na alegria do Evangelho. Escutamos também o testemunho da Ir. Reina Angélica, da sofrida El Salvador, da perseguição e martírio de Dom Oscar Romero. Destacou a importância da Assembleia eclesial e o desejo de que a mulher seja considerada e a presença da vida religiosa valorizada. Foi também importante o testemunho de Dom José Azuaje que desenvolve seu ministério episcopal de forma simples e comprometida com os mais pobres. Outro diácono, Rodrigo Montes, deixou-nos o testemunho da conversão pastoral missionária profunda, a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo. O testemunho de Francisco Bosch, jovem argentino, foi confuso, um pouco poético e sonhador, mas sem ideias claras, pelo menos na minha opinião.

Também tivemos a palavra do cardeal Osvald Gracias, indiano. O testemunho da oração é fundamental para a vida do discípulo missionário. Agradeceu a oportunidade de estar na Assembleia, porém, não se sentia capaz de dizer algo sobre a Igreja do continente. Apenas partilhou alguns pensamentos desde a perspectiva asiática. A missão da Igreja é evangelizar, fazer presente os valores do Reino, a ponto de influenciar na sociedade, nas formas políticas e governos, sistemas de valores, inclusive na democracia.

A Igreja Latino-americana teve e ainda tem uma presença forte, crítica em vários governos. Para a Igreja, a vida das pessoas não pode ser desvalorizada. Todo papel público, governo, é um serviço ao povo e deve ser realizado desde a compreensão do discipulado missionário. A força da juventude é muito grande no continente da esperança. É preciso identificar aqueles que podem ser os líderes futuros da sociedade e ajudá-los a despertar a liderança na formação ética e na Doutrina Social da Igreja; dessa forma eles, os jovens, podem ser políticos militantes que farão a diferença. Quando falta este empenho, o perigo de perder a oportunidade de um serviço ético e de preparação de lideranças que possam transformar a sociedade é um perigo. América Latina tem este potencial. Sobre os assuntos internos da igreja. Participou do Sínodo da Pan-Amazônia, conversou com os participantes. Desse aprendizado ficou convencido do papel da mulher na sociedade e, especialmente na Igreja.

 As oportunidades são muitas e as mulheres podem e devem ter responsabilidades mais amplas. As religiosas não podem ficar no anonimato dos conventos. Todas as mulheres, inclusive as virgens consagradas, forçam hoje a mudança na mentalidade da Igreja com relação a mulher. Nesse sentido perguntou: o que é central na vida pastoral do continente? No contato com os bispos, nas leituras que faz reconhece como um dos grandes desafios a Eucaristia para o povo e o cuidado pastoral. É uma situação que não pode ser ignorada na evangelização. Nenhuma teologia ou lei na Igreja é um obstáculo insuperável. A reflexão sobre isso deve ser levada pra frente porque a Igreja continua sangrando. Outro aspecto é a sinodalidade. O continente latino e Caribe são líderes na Igreja no caminho sinodal, na frente da Ásia, África, América e Europa.

A riqueza sinodal do continente está claro e sensível na preparação dessa Assembleia. O Papa Francisco repete sempre que devemos ir as periferias, sair ao encontro daqueles que são esquecidos, excluídos. Há, também, as periferias daqueles que deixaram a Igreja ou são indiferentes. Afirmou que ainda não sabe como agir na realidade da sua própria diocese e colegiado episcopal da Índia, está em busca de um caminho. O impulso fundamental vem do Espírito Santo e ainda temos muito que aprender sobre isso. A busca de Deus hoje, em lugares às vezes distantes de nós, é motivo de reflexão para nós, não podemos ficar indiferentes. A Igreja no continente está viva e o grande desafio é torná-la sempre mais vibrante com a centralidade de Jesus Cristo. As palavras do cardeal foram iluminadoras e profunda.

Amanhã haverá um encontro dos jovens presentes na Assembleia. Foram apresentados alguns vídeos e no final da noite a oração do rosário.

Pe. João Mendonça, sdb


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