Em estado permanente de missão, juntos queremos viver este mês missionário refletindo o tema: ‘A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída’. A inspiração vem do convite do Papa Francisco na Evangelii Gaudium para uma nova etapa evangelizadora marcada pela alegria (EG, 1).
Trata-se da alegria que nasce da experiência do encontro com Jesus crucificado e ressuscitado. ‘Ter encontrado Jesus foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria’ (DAp, 29). É uma alegria que brota da fé. É gratuita, um dom que não pode ser comprado. Tal alegria, que não é um sentimento de bem-estar egoísta, comporta cruzes, sofrimentos, incompreensões, perseguições e lágrimas.
Discipulado e missão é a mesma realidade que tem dois lados. O encontro com Jesus Cristo e o seu seguimento motiva-nos a sair de nós mesmos, de nossas seguranças e zona de conforto. A saída é uma viagem para fora e para dentro de nós mesmos. Na dinâmica da missão, é importante ter presente o binômio sair e voltar. Somos Igreja em saída e que volta da missão para contar as alegrias do Reino de Deus. Em cada saída missionária, crescemos na consciência de colaborar com a missão que é de Deus.
Tomemos a iniciativa de sair para testemunhar o Evangelho, em um processo de permanente conversão.
Encontrar, seguir e sair são verbos que apontam para uma causa maior de doação pela causa missionária. No entanto, há outras formas de cooperação: oração e oferta em favor da evangelização dos povos.
O Papa Pio XI, tendo presente as grandes necessidades universais, instituiu em 1926 o Dia Mundial das Missões. A coleta do penúltimo final de semana de outubro (este ano, dias 21 e 22) destina-se, de forma integral à cooperação missionária, sobretudo para as regiões do planeta que mais necessitam.
Quem coopera com o projeto de Deus em espírito de partilha já vive a experiência da alegria do Evangelho.
Impulsionar, pois, as Igrejas no Brasil para a Animação e Cooperação Missionária, em um dinamismo de saída, testemunhando a alegria do Evangelho pelo compromisso com ‘as alegrias e esperanças, as tristezas e as angústias dos homens e mulheres de hoje, sobretudo dos pobres e todos aqueles que sofrem’ (GS, 1); é a intenção primordial desta Campanha Missionária que não pode ser reduzida a um domingo de coleta, pois os objetivos vão muito além da arrecadação de fundos.
Transparência na utilização dos recursos
Todos os recursos arrecadados são utilizados para a animação e cooperação missionária em todo o mundo, pois é uma coleta universal. Desse valor, 80% são repassados a Roma e administrados pela Congregação para a Evangelização dos Povos e pelas quatro obras pontifícias.
A Pontifícia Obra da Propagação da Fé mantém um total de 1.111 jovens Igreja, dioceses e vicariatos apostólicos, considerados territórios de missão. A obra São Pedro Apóstolo apoia a formação religiosa e sacerdotal de 70 mil seminaristas e seis mil noviços e noviças.
A obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM) apoiou, ano passado, 2858 projetos em favor de crianças mais pobres. Resumindo, há um fundo universal que faz circular a caridade nas periferias mais necessitadas da África, Ásia, Oceania, América Latina e Caribe. Os 20% da coleta ficam no Brasil para serem utilizados com igual finalidade, ou seja, para a animação e cooperação missionária.
Assim, as POM, por meio das Obras IAM, Propagação da Fé e União Missionária, apoiam pequenas iniciativas de formação e articulação da missão. Parte do recurso também é utilizado para a produção do material da campanha missionária e despesas administrativas, conforme a prestação de contas