Neste mês vocacional é bom recordar, que toda vocação é para a missão, pressupõe um chamado e uma resposta. A missão não é um acréscimo ou extensão da vocação, mas um componente essencial quer seja ela leiga, religiosa ou sacerdotal. A missão faz parte da essência de toda e qualquer vocação.
Os ministros ordenados como diáconos, padres e bispos dedicam-se a tempo completo à serviço da missão para a construção do Reino de Deus. A pessoa vocacionada ao ministério ordenado é chamada a colocar-se integralmente a serviço do Reino, quer dizer, a evangelização. O sacerdócio ministerial é essencialmente missionário. Entretanto, algumas vezes percebemos que o aspecto pastoral e administrativo obscurece a identidade genuinamente missionária do ministério ordenado.
Os chamados e chamadas à vida consagrada tem a vocação essencialmente missionária, uma vez que são testemunhas e anunciadores do Reino no meio das diversas realidades. De igual maneira os leigos e leigas são convocados a serem “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-16). Ou como afirma o Documento de Puebla: “Os cristãos leigos são homens e mulheres da Igreja no coração do mundo, homens e mulheres do mundo no coração da Igreja” (n. 786).
Pelo Batismo todos são chamados e convocados para a missão. Mas cada vocação específica - sacerdócio, vida consagrada, leigos e leigas – têm formas próprias de participar da missão evangelizadora da Igreja.
O principal objetivo da missão é de promover a adesão a Jesus Cristo. Proclamar o Reino e motivar todos a se comprometerem com a justiça. A missão dos discípulos missionários se realiza em nome de Jesus Cristo ressuscitado.
Assumir a própria vocação é encontrar o lugar no mundo. É perceber que Deus nos conduz e quer contar conosco no projeto de amor para a humanidade. Continuamos, portanto, a ação de Jesus Cristo no hoje da nossa história quando assumimos, com fé e coragem, o chamado que Ele nos faz: “Ide, fazei discípulos” (Mt 28, 19).
Todo chamado e vocação nos coloca na dimensão missionária. Deus nos impulsiona ao serviço aos mais pobres e abandonados de nossos tempos para dar vida nova às pessoas, restabelecendo-as na dignidade de pessoa humana!