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PARA UMA IGREJA E UM POVO EM PÉ


O que significa hoje ser missionários/as? Perguntamos isso a Elza Brogeato, missionária xaveriana. Após treze anos vividos no Tchad, voltou para o Brasil onde passou mais nove anos; em seguida voltou de novo no Tchad onde está há seis anos, como responsável das três comunidades das missionárias xaverianas que lá se encontram, entre Tchad e Camarões.

 O que é a “prise en charge” da qual se fala muito na missão de vocês?

A (prise en charge) é uma das maiores preocupações da Igreja no Tchad e Camarões. Significa ajudar as pessoas a se assumirem: a assumirem a própria vida como cidadãos e como cristãos. Significa ajudar a tomar consciência de que são eles a Igreja, inclusive no aspecto econômico.

 Por exemplo: para realizar um encontro de formação, a paróquia usa das ofertas do domingo; aqueles que participam do encontro levam o pouco necessário para completar as refeições.

A ”prise em charge” é ajudar a comunidade cristã a ser protagonista da catequese, dos doentes, dos pobres. Nossa tarefa é de orientá-los e acompanhá-los nesse crescimento.

Não doar mais ajudas?

Procuramos agir mais através da paróquia. A gente intervém somente quando nem as pessoas nem a paróquia conseguem enfrentar e resolver a situação.

Por exemplo, como comunidade em Berem, tomamos a decisão de encaminhar os doentes para o dispensário do Estado, onde vamos também nós. Só nos casos de doentes muitos pobres a gente ajuda nas despesas. O tratamento contra as mordidas de serpente é muito caro, aí a família ajuda como pode: vende um cabrito ou uma galinha e nós completamos os custos no que falta. A mesma coisa a gente faz para a taxa escolar: a gente ajuda nos casos de extrema pobreza, de modo que as crianças não perdem a escola. Não são ajudas generalizadas, mas somente em caso de necessidade.  A gente procura evitar o maternalismo que não deixa pessoa crescer. Não é sempre fácil, pois também entre nós há diferentes sensibilidades.

Essas orientações vêm dos Bispos que falam em todas as cartas pastorais.  Suscitar e promover a caridade ativa e concreta em todos, pois essa é a dimensão fundamental da vida cristã.

O que significa ser missionário hoje no Chade e Camarões?

Antes de tudo significa cuidar das relações entre nós: que o povo posa ver que nos amamos mesmo sendo diferentes de nacionalidade e temperamento.  Mais: o povo deve perceber, em nós, mulheres de Deus, assim como reconhecem num muçulmano um adorador de Allah.

Ainda: ser missionária quer dizer viver a proximidade com o povo: visitá-lo, escutá-lo, falar com eles dos fatos e situações da vida, apresentando o Deus  da vida que nos dá força e coragem  em cada momento e situação.

Significar sentar com eles, aceitar e comer o alimento que nos oferecem, molhando o pão no mesmo prato. Ir visitar as mulheres para ver o último bebê nascido. Visitar e perguntar como está um doente; participar de uma festa assim como num momento de sofrimento para a morte de alguém querido. Nem sempre é fácil, mas se eles veem  que você está perto deles e participa de coração, então percebem também que você é uma mulher de Deus.

Além disso, quais atividades específicas desenvolvem?

Além disso, tem a formação dos e das catequistas, a animação das crianças, o acompanhamento dos jovens casais.  As irmãs estão presentes e dão assessoria em cada âmbito, enquanto a responsabilidade é dos animadores locais. Uma de nós ajuda as mulheres a organizar o seu pequeno comércio e assim ganhar alguma coisa do seu fadigoso trabalho. Isso também é: “prise em charge” ou seja: ajudar a assumir a vida com suas responsabilidades, o que traz  satisfações.

Esse estilo de missão como é aceito pelo povo?

Às vezes há resistências. Alguns gostariam de receber em modo passivo como um tempo. Tem até quem diga que vai a uma outra Igreja, onde dão ajudas. Não devemos nos dobrar frente a esse tipo de extorsão. O objetivo é o de levar a verdade do Evangelho: o Evangelho tem palavras exigentes que pedem uma mudança de mentalidade e de comportamento.  Ajudar as pessoas a se assumirem dá alegria, paz e serenidade profunda, pois não se usa do outro pela própria satisfação, mas sim, se respeita o outro como ser criado à imagem e semelhança de Deus. É a alegria de ver que o outro é capaz de dar passos e de crescer, pois tem nele uma semente de vida que precisa só ser cultivada e adubada e já produz frutos.

O que dá alegria a vocês?

Voltando ao Tchad, após nove anos de ausência, percebi logo a diminuição da mortalidade infantil, que era muito alta.  Quando cheguei, veio ao meu  encontro um homem, do qual nem lembrava mais e me agradeceu dizendo : “Minha filha que participava aos cursos de alfabetização que você animava, está para terminar a universidade a Ndijamena!”. Esse foi para mim o mais bonito presente. Aos poucos o povo percebe e aprecia o nosso estilo de presença que não se apóia nos meios econômicos. Muitos deles experimentam a alegria e o orgulho de conseguir realizar iniciativas pessoais ou comunitárias com as próprias forças ou com um mínimo de ajuda.

Que relação tem isso com o anúncio do evangelho?

É um modo de encarnar o Evangelho: Jesus veio para que tenham vida e a tenham em abundância. A mensagem que gostaríamos de transmitir com a nossa vida é que Deus os ama, nós os amamos e permanecemos com eles: gostaríamos que fizessem a experiência do amor e da presença de Deus. A experiência do amor de Deus é a única coisa que permanece, o resto passa. Deus passa e se manifesta através de nós de nacionalidades e cores diferentes. A nossa condição de mulheres virgens, pela nossa consagração a Deus, nos coloca ao lado de muitas outras mulheres marginalizadas e às vezes acusadas de feiticeiras porque não tiveram filhos.

Contudo, em relação às a nós, percebemos um grande respeito e entre  os  muçulmanos até estupor.

Nestes trinta anos de presença nos camarões e tchad, como viram a igreja?

Vimos a Igreja crescer.  Trinta anos atrás, quando chegamos, os catecúmenos eram poucos e quase todos anciãos. Atualmente, nas paróquias, há trezentos, quatrocentos jovens e adolescentes que se preparam para o Batismo.  Por isso é muito importante a preparação de catequistas, mesmo que não seja sempre é fácil.

Vale ainda a pena deixar o próprio País em nome do Evangelho?

Considero a missão um dom de Deus, que me conduziu até lá, que me ajuda a me encarnar, procurando ser e viver com a gente de lá dia após dia.  Mesmo os primeiros missionários que partiram da Europa o fizeram isso quando ainda lá havia muitos problemas: não é ficando que se resolvem, se Deus nos chama além. O meu desejo é que continuemos, com simplicidade, a nossa presença nesses Países: mesmo em poucas isso é importante, pois esses são Países de primeiro anúncio.


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